INTRODUÇÃO: O basquetebol apresenta altos índices de lesão. Na literatura ainda não se definiu existência ou não diferenças entre os sexos.
OBJETIVO: Caracterizar e analisar a incidência de lesões desportivas em atletas de basquetebol, com comparação entre os sexos.
MATERIAIS E MÉTODOS: Quinze atletas de cada sexo, da categoria sub-23, foram entrevistados com o inquérito de morbidade referida.
RESULTADOS: A média de idade das equipas femininas e masculinas foi de 18 ± 0,65 e 18,20 ± 1,57 anos, respectivamente. A equipa masculina apresentou mais lesões que a feminina (2,6 ± 1,45 contra 1,2 ± 1,18 respectivamente, p < 0,05).
A lesão articular foi o tipo de lesão mais comum na equipa masculina, representando 58,97%, e o segundo mais comum na feminina (33,33%).
Os membros inferiores foram a região mais acometida por lesões (80,95% na feminina e 69,23% na masculina).
O mecanismo de lesão mais comum na equipa masculina foi a aterrissagem (43,59%) e na feminina o salto vertical (28,57%).
Em ambas as equipas, a maior parte das lesões ocorreu durante os treinos (61,9% na feminina e 71,8% na masculina). Foi necessário o afastamento em 47,62% (feminina) e 56,41% (masculina). A maioria dos atletas não realizou tratamento (61,9% e 51,28% feminino e masculino, respectivamente).
O retorno às actividades, na maioria das vezes, foi sintomático, tanto na equipa feminina quanto na masculina (85,71% e 84,62% respectivamente).
CONCLUSÃO: A incidência de lesões no basquetebol é maior nos membros inferiores. A equipa masculina mostra-se mais propensa a sofrer lesões, e os principais mecanismos de lesão foram diferentes entre as equipas masculinas e femininas.
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