Depois de ter conduzido a selecção nacional júnior feminina à conquista da sexta posição no Campeonato do Mundo da Eslovénia, o selecionador nacional e treinador do 1.° de Agosto, Josè Terça Chuma, listou os factores que estiveram na base deste feito histórico para o nosso país, em particular, e para o continente africano, de modo geral.
Em entrevista à TV online do Clube Central das Forças Armadas, José Chuma realçou o papel preponderante do 1.° de Agosto que cedeu catorze (14) das dezasseis jogadoras que compunham o grupo que representou Angola.
"É um momento simbólico e bastante honroso para o andebol nacional. Particularmente, gostaria de apontar três factores fundamentais que estiveram na base desta extraordinária proeza:
O primeiro , tem a ver com o facto do clube militar, na pessoa do general Carlos Hendrick, ter conseguido manter as atletas em regime de acantonamento, na Cidade Desportiva, durante dois anos e meio, isto é, no período de pandemia, atendendo a todas as necessidades, nomeadamente material de biosegurança e condições propícias para permitir que atletas e treinadores se mantivessem activos e operantes, trabalhando intensa e arduamente. E em resposta tivemos este grupo, que acabou por constituir a base da selecção nacional, que brilhou na Eslovênia", descreveu José Chuma, que continuou a enumerar outros factores.
"A decisão da Federação Angolana de Andebol de organizar o campeonato nacional da categoria, em Benguela, onde o grupo das meninas residentes na Academia do 1.° de Agosto, que perfez perto de 90% do combinado nacional, se sagrou campeão, num periodo em que a pandemia estava intensa, foi crucial para ganharmos rodagem e motivação para o campeonato africano e merecer o estágio na Hungria. Um estágio deveras proveitoso, que nos permitiu disputar jogos de alto nível, equiparados e ao nível do campeonato do mundo que acabamos de participar", explanou.
O técnico nacional citou ainda o apoio do Governo angolano nesta empreitada.
"O Governo angolano foi muito importante, pelo apoio financeiro, investimento na vinda desta selecção para a Eslovénia e estadia na Hungria. Todos estes componentes foram fundamentais para alcançar os objectivos neste mundial, sobretudo pelo nível competitivo que as nossas atletas apresentaram", frisou José Chuma.
Vale salientar que durante o periodo pandémico, além destas catorze (14) atletas que integraram a selecção nacional no mundial da Eslovénia, a Cidade Desportiva do 1.° de Agosto manteve, em regime de bolha, mais trinta (30) atletas de andebol, vinte e três (23) de basquetebol, masculino e feminino, e catorze (14) de futebol de 11, com a devida autorização dos pais e encarregados de educação.
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