As técnicas de judô, se aplicadas com eficiência, chegam a produzir danos letais sobre o adversário.
O ushi-mata é uma técnica de ashi-wasa (técnica de perna), em que o Tori (aquele que ataca), segurando o Uke (aquele que defende) faz um movimento em semicírculo, lançando a anca no interior das pernas do oponente, enquanto uma perna é usada como pivô, a outra eleva-se ao alto, jogando o adversário ao chão.
Quando bem projectado, o Ushi-mata chega a produzir um efeito catastrófico sobre o oponente, principalmente, se este último for desconhecedor das técnicas de caída, que permitem amortecer o efeito da queda. O Ushi-mata chega a produzir um efeito de duas toneladas, o que pode levar a paralisia ou a morte imediata.
Outra técnica, de semelhante periculosidade é o Ippon Seo nage. Executa-se prendendo um dos braços do oponente, e fazendo um movimento semicircular, levantamos o Uke com ajuda das costas, e fazemo-lo rolar sobre os nossos ombros. Se for feita aplicando a dinâmica necessária, o golpe é imparável.
Por serem bastante eficazes, a maior parte dos campeões olímpicos japoneses e não só, têm estas técnicas como suas preferidas, pois, a possibilidade de sofrer um contra-ataque é quase nula, quando bem aplicadas.
Porém, para que possamos executá-las com a devida perfeição, devemos fazer milhares de repetições, seja de forma individual ou com a ajuda de um oponente; quanto mais repetirmos, o nosso corpo mecaniza e automatiza os movimentos, melhorando consequentemente a nossa coordenação motora e os nossos reflexos.