O atletismo foi a par do futebol, a primeira modalidade a compor o leque de modalidades que se previa enorme. Começando com um punhado de atletas, a lista era composta por José Saraiva, Octávio Conceição, Rodolfo Nascimento, Fernando Fonseca, Marcos Catito, Francisco Domingos, Artur Fonseca e Manuel Simão.
Mas rápido a nossa equipa de atletismo cresceu a olhos vistos, diga-se nos anos subsequentes, o que nos proporcionou um domínio quase absoluto das pistas durante longos, traduzidos em vários títulos nacionais por equipas e individuais. Depois do primeiro grupo, seguiram-se outros grandes atletas na segunda vaga que incluía, entre outros Bernardo Manuel, António Andrade, Gualberto Paquete, Ruben Pedro e Orlando Bonifácio. Com a elite do atletismo nacional lográmos participações honrosas na tradicional corrida São Silvestre de Luanda, bem como em provas intencionais em defesa das cores da Selecção Nacional. Vários são até agora detentores de records nacionais (principalmente nas disciplinas técnicas) que duram há já algumas décadas.
Porém, a nota mais sonante do nosso contributo no atletismo são as duas únicas medalhas conquistadas por Angola em campeonatos africanos. Os feitos foram alcançados por António Santos “Toleto” no triplo salto em Annaba (Argélia), em 1988 e por Filomena Silva, no lançamento de disco, em 1983, no Cairo (Egipto), tendo ficado a escasso metro e poucos do record africano. O primeiro conseguiu ouro e a segunda bronze.
Quem também esteve muito perto do pódio continental foi António Reais, no lançamento de martelo, igualmente de Annaba. Não fosse a injustiça dos juízes que o prejudicaram descaradamente, mais uma medalha teria sido conquistada por um atleta nosso.