Mai 19, 2024

Entre na sua conta

Nome utilizador *
Senha *
Lembrar-se

Criar uma conta

Os campos com asteristico (*) são obrigadórios.
Nome *
Nome utilizador *
Senha *
Verificar Senha *
Email *
Verificar email *
Captcha *
Reload Captcha

“Porquê sair do país, se hoje um jogador em Angola pode evoluir, desenvolver e beneficiar de políticas e estratégias de desenvolvimento do desporto nacional?”

By Cionay Francisco Janeiro 17, 2020 2710

Carlos Hendrick Presidente de Direcção do Clube 1ºde Agosto defende que os clubes que militam no Girabola Zap devem investir mais na valorização dos jogadores angolanos,  a fim de evitar saídas para a europa para que tenhamos melhores jogadores no girabola.

 

O “Número Um” do CODENM mostrou-se insatisfeito com a saída de jogadores angolanos para o exterior do país, que em  muitos casos acabam mal na Europa, quando podiam fazer melhor dentro das fronteira nacionais, contribuindo para um Girabola Zap mais competitivo, uma vantagem para as selecções.

 

 O líder da instituição que acolhe atletas de alta craveira futebolística, salientou que os jornalistas e analistas desportivos, cujas opiniões respeita, têm uma visão muito diferente e chegam a levar a crer que o melhor remédio é o jogador deixar o país e rumar para outros destinos, nomeadamente a Europa. Sobretudo quando o jogador angolano começa a despontar e torna-se manchete nas páginas de jornais, nos noticiários de rádio e televisão, no dia a dia. 

 

Carlos Hendrick disse que precisamos  beber da experiência do TP MAZEMBE DO CONGO DEMOCRÁTICO, por chegar em 2010 ao Mundial de Clubes da FIFA, disputado em ABU DHABI – Emirados Árabes Unidos.

Pela primeira vez na história uma equipa de África alcançou a final da prova, na qual o colosso de Lubumbashi, com jogadores todos eles africanos, defrontou o  Inter de Milão de Itália.

 

Focado na conquista do PENTA no Girabola, o dirigente defendeu a necessidade de se granjear experiência, como as equipas do MAGREBE  (Egipto, Tunísia, Marrocos e Argélia), sem perder de vista a África do Sul, que são potencialmente fortes. “Basta ver que essas equipas têm investido muito no mercado interno e no continente africano. 

Com esses investimentos, os resultados são visíveis e esclarecedores,  em função dos ganhos”. 

 

Carlos Hendrick frisou que o 1º de Agosto pode também atingir elevados patamares. Como exemplo, sublinhou que o clube tem cerca de 150 mil sócios com quotas pagas, “o que significa que do ponto de vista financeiro pode contribuir para a valorização dos atletas e competir com qualquer dos chamados grandes em África”. 

 

Não é intenção de Carlos Hendrick afastar a sensação onírica (sonho) do atleta de jogar ou representar um clube no estrangeiro (EUROPA), mas sim compreender e analisar com conhecimento, sabedoria e discernimento, usando as faculdades preceptivas, de que o Campeonato Nacional pode e deve ser valorizado,  quer pelos atletas e treinadores quer por agentes desportivos, fazedores de opinião e outros elementos ligados ao fenómeno futebol, a modalidade rainha.  

 

“São poucos os jogadores que tiveram êxitos na Europa até aos dias de hoje. Abel campos, Jesus Saturnino de Oliveira, Saavedra, Lufemba e Vata destacam-se entre as excepções”. É lítico que a Europa é o destino para os grandes jogadores do futebol africano, porque o poder aquisitivo dos clubes europeus atrai cada vez mais jovens promessas do desporto mundial. A cada ano que passa, vemos revelações irem para os países do velho continente.

Na temporada de 2016/17, por exemplo, Gelson Dala e Ary Papel foram apresentados no Sporting Clube de Portugal, sem nunca ganhar uma oportunidade na equipa principal. O exemplo mais recente foi a saída do medio Geraldo para o AL AHLY DO EGIPTO e, mais tarde, Show, médio defensivo, na época com 20 anos, que se destacaram na CHAMPIONS LIGUE AFRICANA. O último chamou a atenção dos franceses do LILE, que efectivaram a contratação”. 

 

O presidente dos campeões do Girabola considerou ter sido um  bom sinal para o Clube militar, por arrecadar receitas com objectivo de  granjear maior prestigio face ao desenhar de todo um trabalho árduo que a sua Direcção tem desenvolvido, não só para engrandecer a nação, mas também para o alavancar do Clube militar.  É certo que um dos principais motivos de transferências rápidas dos futuros craques africanos para a Europa são as ligas europeias, mormente a Liga dos Campeões, uma das competições de maior prestígio do mundo. Assim, são as competições que reúnem craques de várias nacionalidades e que atraem o olhar de investidores, peritos em scouting (observação) e treinadores. 

 

A possibilidade de chegar à selecção do seu país é maior jogando na Europa, outro elemento na vida dos jogadores para qual Carlos Hendrick centrou a sua avaliação, recado que pode ser considerado uma injecção de vitaminas capazes de fortalecer qualquer jogador, cuja  pretensão é representar um dos grandes clubes do Girabola Zap. 

Avalie este item
(2 votos)
Última modificação em Terça, 04 Fevereiro 2020 22:51