O corpo humano é um organismo complexo onde todos os seus mecanismos devem funcionar na perfeição. A coordenação de todos os sistemas e aparelhos – nervoso, locomotor, respiratório, cardiovascular, endócrino, reprodutor, digestivo e excretor – possibilitam o bom funcionamento da máquina humana.
A fisiologia do exercício é a ciência que estuda o funcionamento, as respostas e as adaptações de cada um dos sistemas que compõem o organismo humano perante uma situação de exercício físico.
Portanto ter o conhecimento das bases fisiológicas é fundamental para entender o processo de treino físico e assim poder aplicar nos diferentes programas de exercício.
Temos de distinguir entre respostas – que são os processos que ocorrem no mesmo instante da realização do exercício (como por exemplo o aumento da frequência cardíaca) – e as adaptações – que se produzem pela prática continuada da actividade física (como por exemplo o aumento do tamanho do coração)
Estas adaptações produzem-se com o objectivo de tornar o desportista mais eficiente e aumentar o rendimento do atleta na modalidade que pratica.
Um fisiologista do exercício tem a sua actuação direccionada para a mensuração e avaliação dos parâmetros fisiológicos, por forma a melhorar a intervenção dos treinadores no planeamento das actividades – físicas, técnicas, tácticas e psicológicas – tentando assim atingir patamares mais evoluídos nas prestações desportivas.
Está ligado às equipas técnicas e serve de suporte ao conhecimento dos atletas, podendo assim retirar-se um maior rendimento de cada um do elementos.
Hoje em dia o desempenho de cada atleta e consequentemente de cada equipa depende de um planeamento fisiológico criterioso por forma a retirar-se o melhor rendimento de cada um dos intervenientes no jogo
A principal orientação deste trabalho visa o aprofundamento das repercussões da variação da carga de treino, em atletas de bom nível de rendimento e praticantes de modalidades de resistência quer tipo aeróbio quer anaeróbio.
A ideia é que a intensidade de exercício seja modulada por um parâmetro fisiológico - VO2MÁX, frequência ência cardíaca - capaz de delimitar os níveis de esforço.
O VO2MÁX é a melhor variável utilizada para determinar o condicionamento cardiorrespiratório de uma pessoa. Ele representa a quantidade máxima de oxigénio que pode ser captado, transportado e consumido pelo metabolismo celular durante uma actividade física.
A habilidade para sustentar um trabalho prolongado depende de um adequado suprimento de oxigênio para os músculos ativos. Em provas de resistência, o melhor desempenho está associado com a habilidade em sustentar uma elevada taxa de trabalho em um percentual elevado do VO2MÁX (%VO2MÁX).
As intensidades de exercício sub-aeróbico (50-60% do VO2MÁX); aeróbico extensivo (60-75% do VO2MÁX); aeróbico intenso (75-85% do VO2MÁX) e anaeróbico (75-85% do VO2MÁX) são níveis de esforço que devem ser, extensivamente estimuladas ao logo de um período de treino. Estas devem ser planeadas com fins de optimizar a relação entre a intensidade de esforço e o volume de treino.
Desta forma, a ideia é que a intensidade de exercício seja sempre modulada por um parâmetro fisiológico (VO2MÁX, frequência cardíaca, lactato, etc.) capaz de delimitar os níveis de esforço. Esta escolha deve ser feita com fins de minimizar as alterações na função metabólica e permitir o controlo das vias energéticas predominantes.
O estímulo adequado, feito com base na rota metabólica predominante, leva a adaptações específicas durante o treino. Do ponto de vista prático, o controle da intensidade de esforço e da rota metabólica predominante por meio da relação entre o VO2 e a frequência cardíaca torna possível o monitoramento adequado do atleta durante o treino.
Outras capacidades, posteriormente, serão analisadas, criando uma base de dados fundamental para no futuro termos um conhecimento cada vez mais preciso dos caminhos a serem trilhados rumo ao SUCESSO.